O pombo doméstico (Columba livia) é oriundo de espécies europeias e chegou ao Brasil no século XVI, trazido por imigrantes. Sem o controle populacional desta ave, que se adaptou muito bem às cidades brasileiras, hoje, ela se tornou uma praga urbana, capaz de transmitir doenças, que podem até ser fatais ao ser humano.
Esses animais têm como abrigos locais altos, como forros de telhados de casas e edifícios, torres de igrejas etc. Nas cidades, os pombos se alimentam de insetos, alguns frutos e, principalmente, de restos de comida, encontrados nas ruas, ou são alimentados, como pode ser observado com frequência em praças. Apesar da boa intenção dessas pessoas, além de atrapalhem o ciclo natural de alimentação das aves, elas acabam contribuindo para o desequilíbrio de reprodução e para o aumento da população da espécie.
O que nem todos sabem é que as fezes dos pombos domésticos podem ser transmissoras de diversas doenças graves ao ser humano. A forma mais comum de ser contaminado, nestes casos, é através das vias respiratórias, com a inalação das fezes secas. Outra maneira é por meio dos piolhos, comumente encontrados nestas aves.
Conheça algumas das principais doenças transmitidas pelos dejetos dos pombos:
– Criptococose
– Histoplasmose
– Ornitose
– Salmonelose
– Dermatites
– Alergias em geral
Hoje, existem várias maneiras de controlar a população desta espécie, sem afetar o meio ambiente. Você também pode tomar algumas atitudes para evitar o aumento dos pombos e deixá-los longe da sua casa ou do local onde trabalha:
- Esclarecer a população sobre o dano de se alimentar pombos, o que acarreta no aumento da densidade populacional, com excessiva proliferação dessas aves, desencadeando problemas para o ambiente e afetando a qualidade de vida das pessoas.
- Proteger os alimentos de possível acesso das aves.
- Não permitir o reaproveitamento das sobras de rações de animais domésticos pelos pombos.
- Telar aberturas, mudar ângulo de inclinação da superfície de pouso para 60º, colocar fios de naylon bem esticados em beirais como barreira.
- Aplicação de repelentes químicos regularizados, que podem fazer com que os pombos não retornem ao local por até 2 anos.
- Umedecer as fezes antes de removê-las, sempre utilizando máscaras ou pano úmido na boca e nariz para fazer a limpeza do local.
- Usar espículas anti-aninhamento que podem ser grudadas em qualquer lugar onde os pombos queiram ficar, como telhados. Uma alternativa menos radical é a utilização de molas de brinquedo, estendidas ao longo de corrimões de escadas/varandas. A distância entre um círculo e outro não deve passar de 4 cm. Prenda a mesma usando uma fita adesiva por todo o local. A mola fará com que toda a grade se torne desconfortável para eles pousarem.
- Espalhar temperos como pimenta caiena, canela, pimenta, etc, no lugar onde eles se aninham. Deve-se repetir a dose sempre que chover no local onde se encontram os temperos.
- Colocar redes nos locais onde os pombos costumam se aninhar, evitando que eles usam o local para construir seus ninhos.
- Selar as extremidades de lugares onde pássaros se aninham, usando um tecido resistente e calafetagem de silicone ou malhas plásticas para pássaros. Em estruturas largas e abertas, como currais e depósitos, feche o espaço acima das vigas onde os pombos se empoleiram com a ajuda de redes plásticas.
- Uma alternativa ecológica é o emprego de um anticoncepcional para as aves. Pombos se reproduzem muito rapidamente – algo entre 6 vezes por ano e 2 ovos por ninhada. Num bando controlado, os ovos não podem ser chocados e a população diminui através de contrição. Recomendado por grupos de direitos dos animais, o controle de natalidade representa uma solução “ecologicamente correta” para controlar pombos. O produto é encontrado em lojas de produtos veterinários.
- Usar materiais que refletem a luz. Apesar de não funcionarem em longo prazo, é útil tentar instalar uma fita refletora, dispositivos de barulho ou balões para assustar os pombos. Em conjunto com algum dos outros métodos, essa pode ser uma solução boa para repelir pombos.
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