quarta-feira, 8 de agosto de 2018

LONTRA AVISTADA EM AREAL

Lontra, o mamífero das águas limpas

No mundo das lontras existe sempre um curso de água fluvial por perto. Embora este mamífero passe dois terços do seu tempo em terra firme e defenda um vasto território de dez quilómetros de extensão, é a mergulhar que encontra os 600 gramas de alimento diário de que precisa para viver.
E não será tarefa muito complicada. Com um corpo perfeitamente ajustado ao meio subaquático, a lontra consegue estar cinco minutos submersa e é uma excelente nadadora, chegando a atingir os 12 km/h.. Além de ter o tato desenvolvido, faro apurado, audição excelente, uma visão adaptada para dentro de água, tem também um sentido especial que são as vibrissas, “um órgão sensitivo no focinho que permite detetar pequenas vibrações sob a água, provocadas pelo movimento das suas potenciais presas, especialmente úteis em águas com visibilidade reduzida ou durante a noite”.
Animal solitário mais noturno do que diurno, a lontra pertence à família dos mustelídeos, como o texugo, a doninha, a marta e a fuinha. Vive em tocas nas margens ribeirinhas e durante os períodos de estio pode ser avistada nas albufeiras das barragens. O macho é maior e mais pesado do que a fêmea, porém, em média tem cerca de oito quilos de peso e 1,30 metros de comprimento. A pelagem é essencialmente castanha, espessa e brilhante, o corpo alongado, a cabeça achatada, olhos pequenos, patas curtas com cinco dedos ligados por uma membrana interdigital e uma cauda longa de ponta afilada. Mas outra característica tem este mamífero protegido pela Convenção de Berna que faz dele o melhor bioindicador da qualidade da água: é que a lontra não vive onde existam indícios de poluição.










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